Como andar de moto na chuva

Chuva é um dos piores cenários para motociclistas, não só pela baixa aderência da pista mas também pela dificuldade de visibilidade, além da maior concentração necessária para não se envolver em acidentes. Em solo brasileiro, a preocupação é ainda maior com a quantidade de buracos, que muitas vezes ficam camuflados com a água.

Por isso, enxergar o que vem à frente é extremamente importante quando está chovendo. E muitas vezes o próprio capacete não coopera, embaçando a cara expiração do usuário. Por isso, usar produtos que evitem o embaçamento da viseira pode ajudar, principalmente para não ter que rodar com a viseira ligeiramente aberta (o que não é permitido) e molhar o capacete por dentro.

Outra importante questão é a distância que deve ser mantida em relação aos veículos da frente, necessitando dobrar a metragem em tempo chuvoso. Primeiro porque não é possível ter o mesmo desempenho na frenagem que se tem em piso seco e segundo porque as gotas na viseira podem confundir, não dando a real desaceleração dos automóveis que vão à frente.

Nas pistas, em rodovias ou avenidas, é comum a faixa da direita ficar mais molhada e difícil de pilotar do que as demais, justamente porque nela costumam rodar os caminhões, criando com seus pneus e peso duas "canaletas" na pista, onde a água costuma correr. Fique atento quando for acessar essa faixa.

Se precisar passar por uma enchente, lembre-se de diminuir a velocidade, nunca trocar a marcha e manter a aceleração para não deixar entrar água pelo escapamento. Mas antes verifique se a água não está acima do meio da roda e evite atravessar caso o nível esteja muito alto.

E se os pneus da sua motocicleta são esportivos, saiba que esses não são os mais indicados para encarar a chuva. Os mistos ou touring são melhores para situações de piso molhado.