Marcas ensaiam retorno definitivo aos motores turbo
Depois da Kawasaki, Honda e Ducati estão preparando motos com motores sobrealimentados
Assim como nos automóveis, o turbo surgiu como solução e logo depois virou mico. Pesados e poucos confiáveis e eficientes, eles logo foram abandonados. Na década de 80, a Honda lançou, por exemplo, as CX500 e CX650, mas sem sucesso.
Agora, 30 anos depois, as marcas voltam a estudar novos sistemas de sobrealimentação e algumas, como a Kawasaki, já vendem motos com motores supercharged no mercado, no caso a H2 e sua versão de pista a H2R.
Patentes
A tendência se confirmou nas últimas semanas quando patentes de motos com turbinas foram reveladas na Europa. A Honda estaria preparando uma city com motor de um cilindro turboalimentado enquanto a Ducati pesquisa um sistema mais focado em reduzir emissões, uma exigência da legislação atual.
Mas quem parece mais adiantada nesse caminho é a Suzuki. A marca japonesa apresentou uma moto conceito em 2014, a Recursion, que trazia um motor de 588cc turbo. Meses depois, várias patentes de motores menores foram registradas pelo mundo, porém, nenhum deles virou modelo de série, por enquanto.
Assim como já ocorre no mercado de carros, o motor turbo deverá virar algo corriqueiro por permitir menor emissão e consumo de combustível e não exatamente para tornar as motos mais potentes. Espera-se que isso não signifique destrua a ‘sinfonia de sons’ que tornam as motocicletas tão especiais.