Produção de motos sobe, mas cenário é de incerteza, diz Abraciclo

Números baixos das fabricantes em Manaus (AM) no início de 2021 mostram reflexos da crise sanitária da capital amazonense
Linha de produção da BMW em Manaus (AM)

Linha de produção da BMW em Manaus (AM) | Imagem: Divulgação

Levantamento divulgado pela Abraciclo, associação que reúne as fabricantes nacionais de motocicletas, revelou que, em fevereiro, o número de veículos construídos pelas associadas no Pólo Industrial de Manaus (AM) foi de 58.014 unidades. O número foi maior do que o registrado em janeiro, quando foram produzidas 53.631 motos. O aumento foi de 8,2%.

Apesar de parecer um sinal positivo de recuperação do setor, os números precisam ser interpretados com cautela. A Abraciclo apontou que, no comparativo do primeiro bimestre de 2021 com igual período do ano passado, a indústria de motocicletas como um todo produziu 42,7% menos unidades. Assim, o segmento ainda estaria longe de estar recuperado.

Para o presidente da Abraciclo, Marcos Fermanian, os números registrados no início do ano ainda refletem o agravamento da crise sanitária de Manaus. Por conta dela, as fábricas tiveram que diminuir os turnos de trabalho para atender ao toque de recolher, imposta pelo governo estadual. “Acreditamos que, com produção plena a partir de março, conseguiremos recuperar parte dos volumes e, com isso, ter condições de reduzir a fila de espera por motocicletas, que hoje é de cerca de 150 mil unidades”, afirmou o executivo.

Outro dado que mostra a situação difícil da indústria de motocicletas atualmente é o de média de vendas por dia útil em fevereiro, que foi de apenas 2.869 motos. É o pior resultado registrado para o mês desde 2003, que teve em média 3.390 unidades emplacadas por dia. Na comparação com janeiro, que teve o mesmo número de dias úteis (20), a retração no mês passado chegou a 33%.

Linha de produção Honda
Linha de produção de motores da Honda em Manaus (AM)
Imagem: Divulgação

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