Startup fundada por brasileiro quer lançar moto elétrica mais avançada do mundo
Auper pretende colocar no mercado a InCity, uma motocicleta com inédita arquitetura centralizada e recursos anti-roubo avançados. Fábrica deve ser implantada no Rio de Janeiro
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O brasileiro Silvio Rotilli Filho é um fã de motos e motociclista há mais de 20 anos e se perguntava há tempos porque os automóveis conseguiram evoluir em tecnologia e segurança enquanto os modelos de duas rodas quase pararam no tempo.
Com essa pergunta em mente, o Ph.D. em engenharia elétrica decidiu criar a startup Auper, junto com outros três colegas. A empresa, com sede no Canadá, assumiu o desafio de lançar no mercado a InCity, a moto elétrica mais avançada do mundo.
Apesar de o projeto ser pouco conhecido, não se trata de uma iniciativa em estágios iniciais. A Auper já desenvolveu o protótipo da InCity, uma moto elétrica capaz de atingir 150 km/h e ir de 0 a 100 km/h em cerca de 6 segundos.
Veja imagens da moto elétrica Auper InCity
O modelo não é apenas uma ideia no papel, ela já existe de fato. Agora a Auper está buscando investidores para montar sua fábrica, que deverá ser localizada no Rio de Janeiro (RJ). Em julho, a startup assinou um convênio com a prefeitura da cidade para estabelecer uma unidade industrial e centro tecnológico que deve gerar 750 empregos.
Mas o que faz a moto da Auper tão diferente? O ponto principal é uma arquitetura centralizada em uma unidade de controle do veículo, que concentra todas as funções da motocicleta. É um conceito diferente do que se emprega geralmente, composto por vários sistemas e equipamentos separados.
“Em vez de ter vários sistemas espalhados controlando diferentes partes da moto, tudo é integrado em um computador principal, agilizando as operações e a tomada de decisões. Isso pode reduzir drasticamente os custos e, ao mesmo tempo, melhorar a experiência do usuário”, explica a marca.
Além disso, a tecnologia pode ser rapidamente atualizada, tornando a moto sempre um veículo com recursos modernos.
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Em seu perfil em rede social, Silvio Rotilli Filho exaltou outro diferencial da empresa, o planejamento de longo prazo para que o produto seja viável comercialmente.
“A Auper não foi projetada apenas para oferecer os recursos mais avançados, mas também projetamos seu sucesso. Minimizamos as vulnerabilidades da cadeia de suprimentos, simplificamos nossos custos de fabricação e o projetamos meticulosamente para atender às necessidades de nossa demografia”, disse.
Trabalho quase impossível para os ladrões
A inCity também incorpora avanços para minimizar um grande problema do mercado de motos, o roubo e a venda das peças em mercados irregulares. Segundo a empresa, todos os componentes da motocicleta são criptografados, impedindo seu uso em outras unidades.
O motor elétrico da moto é fornecido pela Enedym e possui um conceito sem ímã permanente. A energia é fornecida por uma bateria de íon de lítio de 4,8 kwH com autonomia de cerca de 100 km.
Há freios a disco com ABS nas rodas, controle de tração e estabilidade oferecidos como padrão em todos os modelos.
A tela digital de instrumentos, chamada por ela de IIC (Painel Inteligente de Instrumentos) se adapta ao momento da condução. Em movimento, ela mostra apenas informações críticas como velocidade e carga de energia restante. Já durante paradas, são mostradas informações de trânsito e histórico de desempenho em tempo real.
Ainda não está claro quando a Incity chegará às lojas, um caminho normalmente longo até ser formada uma rede de venda e suporte além da própria produção do modelo. Mas a Auper, segundo comenta-se no exterior, pretende oferecer sua moto elétrica com preços bastante atraentes na faixa de R$ 18 mil.
"Não pretendemos apenas construir a melhor moto elétrica; estamos construindo a melhor motocicleta, ponto final", garantiu o empreendedor brasileiro.
