Nova tecnologia pode tornar viável motos movidas a hidrogênio

Tecnologia da Toyota pode facilitar uso do combustível em diferentes aplicações
Acima detalhe do Honda Fuel Cell Scooter, conceito revelado em 2004 no Japão

Acima detalhe do Honda Fuel Cell Scooter, conceito revelado em 2004 no Japão | Imagem: Divulgação

Seja em veículos de duas ou quatro rodas, o uso do hidrogênio como combustível é algo que sempre figurou em diversos projetos criados por fabricantes globais. 

Entre as fabricantes de motocicletas, a Honda revelou seu protótipo Fuel Cell Scooter em 2004, enquanto a Suzuki também adaptou o Burgman com uma tecnologia semelhante para estudos. 

Entretanto, em especial no caso das motos, um dos grandes entraves para o uso do hidrogênio seja em células de combustível ou em motores convencionais capazes de aceitar a molécula, reside na questão do armazenamento do hidrogênio no veículo. 

Por ser um gás com moléculas muito pequenas, o hidrogênio precisa ser armazenado a pressões elevadíssimas para evitar vazamentos, o que geralmente resulta na necessidade do uso de tanques um tanto quanto grandes demais para a aplicação em veículos de duas rodas. 

Uma solução muito interessante para tal questão foi divulgada nesta semana pela Toyota, no caso uma tecnologia criada por sua subsidiária Woven City em parceria com a empresa de energia Eneos. 

Detalhe do cartucho portátil de hidrogênio criado pela Woven City em parceria com a Eneos
Detalhe do cartucho portátil de hidrogênio criado pela Woven City em parceria com a Eneos
Imagem: Divulgação

Ao invés de um tanque, as companhias criaram uma espécie de cartucho capaz de armazenar hidrogênio. 

Além do tamanho compacto – o cartucho cilíndrico tem 40 cm de altura e 18 cm de diâmetro – outra grande vantagem do sistema é que, quando o hidrogênio presente no cartucho está próximo do fim, basta substituir a unidade por outra completamente carregada, evitando até mesmo a necessidade de reabastecimento, como ocorre em um automóvel movido a célula de combustível com um tanque convencional para hidrogênio. 

Segundo as empresas envolvidas na iniciativa, o cartucho em sua capacidade máxima é capaz de fornecer 3,3 kWh de energia, suficiente para uma motocicleta percorrer uma distância aceitável. 

A tecnologia será utilizada pela Toyota em sua Woven City, uma cidade especialmente criada pela fabricante japonesa na base do Monte Fuji projetada de acordo com o que existe de mais moderno em termos de sustentabilidade. 

Vamos torcer para que os cartuchos também ganhem uma produção em escala cada vez maior e que novas motos com tecnologias avançadas possam ganhar as ruas. 

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