O que aconteceu com a marca de motos elétricas Zero no Brasil?

Fundada por um ex-engenheiro da NASA, fabricante dos EUA foi pioneira em oferecer uma linha de motocicletas eletrificada há mais de 10 anos. Passagem pelo mercado brasileiro foi efêmera
Zero SR/F

Zero SR/F | Imagem: Divulgação

Não se fala de outra coisa no mundo das motocicletas nos últimos tempos: eletrificação. Sejam iniciativas locais ou de marcas consagradas como a Honda, a moto elétrica passou a ser um objetivo comum no mercado, diante das restrições ambientais impostas por vários países.

A despeito da relutância dos mais conservadores, é fato que as motos com motor elétrico podem proporcionar bastante diversão além de consciência ecológica mundo afora. Por conta disso, será comum ver portfólios bastante variados num futuro breve, mas nem precisamos esperar para ver isso acontecer.

Basta olhar para a curta mas agitada história da Zero Motorcycles, uma marca norte-americana fundada por um ex-engenheiro da Nasa, Neal Saiki, em 2006.

No mercado desde 2010, a Zero já produziu vários modelos elétricos bastante atraentes e atualmente oferece uma linha de encher os olhos até de quem não curte o silêncio dos motores movidos a bateria.

Veja galeria de imagens com as motos elétricas da Zero

A Zero tem em seu portfólio motos como a urbana Zero S, a motocross Zero FX, a trail DSR e as novatas SR/S (a primeira carenada da marca) e naked SR/F.

As duas estrearam no final do ano passado com motor de 82 kW e velocidade máxima de 200 km/h. Como se fosse um gadget sobre duas rodas, as novas motos utilizam um sistema operacional atualizado, o Cypher III, a versão mais recente oferecida.

A SR/S possui um alcance 13% maior que o da SR/F por conta da carenagem, que melhorou sua aerodinâmica e reduziu o consumo de energia.

Zero SR/S
Zero SR/S
Imagem: Divulgação

Nos EUA, a linha de motos elétricas começa em US$ 11 mil (Zero S) e chega a US$ 21.495 no caso da SR/F. Numa conversão direta, são preços entre R$ 60 mil e R$ 117 mil, claro, sem contar impostos.

Passagem sem brilho pelo Brasil

Mas a grande pergunta a respeito da Zero é saber por que ela não está em nosso país. Para quem esteve distante do mercado de motos ou chegou há pouco tempo nesse meio, a surpresa é que a Zero já foi vendida no Brasil e logo no início da carreira da marca.

Já em 2009 o grupo Izzo, que representava na época diversas marcas, apresentou os modelos DS, S, MX e X, da estreante montadora. As vendas começaram em 2010, mas no ano seguinte a iniciativa foi encerrada. Em 2012, o grupo acabou fechando e desde então a Zero permanece oficialmente distante do nosso país.

TTalvez a marca, que já lidava com baterias de lítio quando isso era novidade nos smartphones da Apple, tenha chegado cedo ao Brasil, mas resta torcer para que a nova onda elétrica volte a motivá-la a ver nosso mercado como um dos mais promissores do mundo.

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