Scooter elétrica indiana com painel de tablet quer vender mais que a Honda no Brasil
Startup Ather Energy está buscando investimentos para produzir 1 milhão de motos por ano diante da demanda crescente no país
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Se no Brasil ver a Honda produzindo 1 milhão de motos em Manaus parece algo impressionante, o que dizer então de uma startup indiana fazer o mesmo com apenas dois modelos de scooters elétricas? Pois é isso mesmo que a Ather Energy pretende a partir de 2023.
A empresa chefiada por Tarun Mehta foi fundada em 2013 e deve terminar 2022 com uma produção de 400 mil motos elétricas, insuficientes para a explosão de demanda pelas pequenas scooters sustentáveis.
Agora, a Ather busca investimentos para viabilizar a expansão da produção. US$ 56 milhões já vieram por meio da Hero, gigante das duas rodas, que é uma das sócias da startup.
A Ather surpreende porque vende apenas duas scooters, a 450 Plus e a 450 X, com autonomia de 70 e 85 km, respectivamente, no modo “Ride”, mais realista, digamos. Elas podem acelerar de 0 a 40 km/h em 3,3 e 3,9 segundos e atingir uma velocidade máxima de 80 km/h.
O design é atraente, mas o que chama mesmo atenção é o painel de instrumentos. Nada de LCD colorido e sim uma tela touchscreen como um tablet. O ponto fraco dos modelos é que suas baterias não são intercambiáveis, exigindo 3 horas e meia para recarregar 80% de sua capacidade – uma carga rápida de 10 minutos proporciona 15 km de autonomia, garante a fabricante.
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Seja como for, o que não faltam são interessados por uma scooter elétrica na Índia. Segundo a Reuters, as vendas desse tipo de model multiplicaram por cinco vezes no ano passado, mas ainda assim representam apenas 1% das 14,5 milhões de motocicletas emplacadas em 2021.
Com dificuldades para importar petróleo e também em busca de reduzir a poluição, o governo indiano prevê que as vendas de motos elétricas cheguem a 40% de participação no mercado em 2030. Daí já se vê que talvez 1 milhão de unidades seja pouco para a Ather e suas concorrentes.
